2017-04-19

opinião | surto de sarampo e as vacinas

O assunto do dia é a morte da jovem de 17 anos contagiada com sarampo que não resistiu a uma pneumonia bilateral na sequência da infecção.
Apesar de o sarampo estar erradicado em Portugal há 23 anos, altura em que houve uma grande epidemia, entrou em Portugal um bebé de 13 meses vindo da Venezuela (e não vacinado) que contaminou a jovem e uns quantos médicos e enfermeiros no hospital onde a mãe o levou.
Relativamente à jovem que faleceu, a mesma não estava vacinada devido a um choque anafilático que sofreu aos 2 meses de idade e desde aí não voltou a ser vacinada por opção familiar. Ou seja, além de não ter protecção contra o sarampo, também não tinha outras vacinas do Programa Nacional de Vacinação. A mãe da rapariga de 17 anos é anti-vacinas e adepta da homeopatia.
Ora bem, está comprovado que as vacinas previnem várias doenças. Quando era pequena, os miúdos eram todos vacinados e não havia cá essas modernices de ser anti-vacinas. Estou vacinada contra tudo e mais alguma coisa e tenho as vacinas todas em dia!
Este caso singular demonstra a necessidade de vacinar para prevenir doenças sérias e evitar surtos de doenças graves e já erradicadas, como o sarampo.
Não consigo entender esta moda de não vacinar as crianças. Sei que há bastante gente a fazê-lo por razões que me escapam por não fazerem sentido junto com teorias da conspiração bem construídas e que alimentam receios, na minha opinião, infundados.

O #surto ou #epidemia de #sarampo é resultado da estupidez humana para a qual ainda não há vacinas!
— Ana Teles (@TelitaCat) April 19, 2017 

{Abaixo informação detalhada sobre a doença e notícias sobre a temática}

Sarampo é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus do sarampo. Os sinais e sintomas iniciais geralmente incluem febre, muitas vezes superior a 40 ºC, tosse, corrimento nasal e olhos inflamados. Dois ou três dias depois do início dos sintomas formam-se no interior da boca pequenos pontos brancos, denominados sinais de Koplik. Entre três a cinco dias depois do início dos sintomas aparece uma mancha vermelha e plana que geralmente tem início na face e daí se espalha para o resto do corpo. Os sintomas manifestam-se entre dez a doze dias depois do contágio e duram entre sete a dez dias. Em cerca de 30% dos casos ocorrem complicações, as quais podem incluir, entre outras, diarreia, cegueira, inflamação do cérebro e pneumonia. A rubéola e a roséola são doenças diferentes.

O sarampo transmite-se facilmente por via aérea através da tosse e espirros de uma pessoa infetada. Pode também ser transmitida através do contacto com a saliva ou secreções nasais. Nove em cada dez pessoas que não estão imunizadas e partilham um espaço com uma pessoa infetada contraem a doença. As pessoas infetadas podem infetar outras pessoas desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da mancha vermelha. As pessoas geralmente só contraem a doença uma única vez na vida. A confirmação do vírus em casos suspeitos através de exames é importante para a saúde pública.

A vacina contra o sarampo é eficaz na prevenção da doença. Atualmente, cerca de 85% das crianças em todo o mundo são vacinadas. A vacinação diminuiu em 75% o número de mortes por sarampo entre 2000 e 2013. Não existe tratamento específico. Os cuidados de apoio podem melhorar o prognóstico. Entre estes cuidados estão a administração de solução de reidratação oral (líquidos ligeiramente adocicados e salgados), ingestão de alimentos saudáveis e medicamentos para controlar a febre. No caso de ocorrer uma infeção bacteriana secundária, como a pneumonia, podem ser administrados antibióticos. Em países desenvolvidos, recomenda-se também a suplementação com vitamina A.

O sarampo afeta anualmente cerca de 20 milhões de pessoas, a maioria das quais nas regiões em desenvolvimento de África e da Ásia. É a doença que mais mortes causa entre as doenças evitáveis por vacina. Em 2013 causou a morte a 96 000 pessoas, uma diminuição em relação às 545 000 em 1990. Estima-se que em 1980 a doença tenha causado 2,6 milhões de mortes. A maior parte das mortes ocorre em crianças com menos de cinco anos de idade. O risco de morte entre os infetados é de cerca de 0,2%, mas pode ascender aos 10% em pessoas mal nutridas. Acredita-se que não infete outros animais.

fonte: wikipédia
























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12 comments:

  1. Também não entendemos bem qual é o problema que tem agora de não vacinar as crianças....neste tipo de situações o que está em risco é a vida das crianças (e de pessoas mais adultas que não levaram nenhuma vacina)...
    É pena que esta situação não vá servir para abrir os olhos a outras pessoas...porque enfim..já se sabe que a "memória é curta" e tudo acontece "só aos outros" :/

    Beijinhos**
    _________________________
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    1. Há algures um estudo, entretanto desacreditado, que as vacinas provocam autismo.

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  2. Compreendo o receio dos pais dessa adolescente, e não vou comentar muito esta questão, porque não estou dentro do caso da mãe da adolescente. E num à parte: conheço pessoas a favor da homeopatia e de outros tratamentos naturais (que nada têm a ver com homeopatia), e que são plenamente a favor das vacinas, portanto a homeopatia não é um ponto a levar em conta como negativo.
    Tenha sido a decisão certa ou a errada no momento, ninguém quer ver um filho morto (a decisão há de ter sido motivada certamente por isso - choque anafilático não é brincadeira e não imagino o susto desses pais), e infelizmente os pais dela estão a pagar o preço mais elevado que poderiam pagar por uma decisão; e continuarão a pagar...


    Quanto aos outros pais que não vacinam simplesmente porque não: vê-se mesmo que estão numa situação muito confortável graças à imunidade dos outros e consequente erradicação bem conseguida pelo plano de vacinação. Caso contrário, cada vez que as suas crianças tivessem a mínima erupção cutânea deitavam as mãos à cabeça a pensar que a criança ia morrer.

    As estatísticas europeias são péssimas, e noutros países pior ainda. Fiquei muito chocada com isso. Por piorzinhas e mais maléficas que possam ser as vacinas, as vidas salvas são muitas mais do que as "provavelmente" prejudicadas por isso. Os números falam por si e é isso que têm de entender.
    Mesmo que queiram o melhor para os filhos, não é por privá-los de um dos maiores progressos da medicina que vão mantê-los bem e seguros.

    Enfim!

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    1. É a chamada imunidade de grupo que por estarem inseridos num grupo "seguro" lhes permite não contraírem doenças.

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  3. Para mim é uma não questão. Devia ser obrigatório e pronto!

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  4. Muito informativo o post.
    Beijinhooos. 💖
    www.amordeluaazul.com.br

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  5. Penso que o melhor mesmo será vacinar, para não arriscar e vida dos outros e do próprio.


    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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    1. Exactamente! É essa a minha opinião.

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  6. Isto é alarmante e mostra precisamente o perigo que estas ideias anti-vacinas podem gerar. Se fosse uma decisão que só afetasse só a própria pessoa era mais aceitável, agora quem decide não vacinar os filhos está a prejudicá-los a eles e a quem no futuro poderá ser contagiado por eles...

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    1. E foi, precisamente, o que aconteceu!

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